quarta-feira, 10 de agosto de 2011

dia 12: Museus do Vaticano; Prisão de S. Pedro

Acordámos de manhã para ir aos Museus do Vaticano. Uma vez mais a fila era gigantesca, neste caso mesmo mesmo gigantesca. Tinha uns 300 metros de fila para longas horas de espera. Nós passámos, alegremente, com os nossos bilhetes pré-comprados e entrámos. Uma vez mais para se entrar tínhamos de passar pelos controlos de "aeroporto". Lá dentro começámos a nossa visita aos museus. São lindos! é quase inacreditável a quantidade de obras de arte juntas que ali estão dentro. Além das obras de arte expostas é impossível não reparar e não admirar a grandiosidade das pinturas das paredes de quase todas as salas onde as mesmas se encontram. Não faço ideia de quantos quilómetros andámos lá dentro mas foram, com certeza, muitos. As placas vão apontando em diversas direcções e sempre também para a Capela Sistina. Tentámos ver tudo e não ficarmos "obcecados" com o "destino capela". Não sei se conseguimos. Desde um museu de arte etrusca, a várias exposições de peças dedicadas a diversos deuses romanos, animais, a museu de arte contemporânea que, francamente, continuo sem entender. Olho para a dita arte contemporânea e parecem-se sempre, na sua maioria (havendo poucas excepções) quadros e esculturas de gente que gostava de ser pintor ou escultor mas que, por falta de jeito, faz umas coisas que precisam de decifração alheia (do "boneco" lá pintado) dado que não têm o dom de pintar de modo a que compreendamos o "boneco" bastando, para tal, olhar. Não é uma questão de interpretação, é uma questão de olhar e ver. Interpretação todos os quadros necessitam e os de pintores como Michelangelo, por exemplo, até precisam de muito mais, mas entendem-se os "bonecos" olhando. Bom... continuando... prosseguimos então até chegar à Capela Sistina. Com a proibição de fotografar e o pedido permanente de silêncio. Olha-se para aqueles tectos e paredes e a primeira sensação é de grandiosidade. Depois, à medida que o tempo vai passando e os nossos olhos vão percorrendo e parando nas diversas personagens e "histórias", as pinturas vão ganhando vida. Começam a parecer reais, a 3 dimensões. Parece que querem saltar das paredes, do tecto, e vir ter connosco. Parece que nos falam. Quanto mais tempo estamos lá, mais temos para ver, mais hipnotizados ficamos com a pintura.   Ela absorve-nos, chama-nos e, por vezes, angustia-nos. Fiquei com pena de não poder ir lá sozinha, deitar-me ali no chão e ficar a vê-la, horas e horas, tenho a certeza que não paravam de aparecer personagens, de "saltar" da parede de me "chamar" e "falar comigo". É mágico e magnífico. Toda a gente devia de ter a oportunidade de lá ir pelo menos uma vez durante a vida.
Saímos dos museus por volta das 3 da tarde. Fomos almoçar ao Burger King e depois apanhámos o metro para ir visitar a gruta onde S. Pedro esteve preso. Foi o único local onde esperámos mais de meia hora para entrar, apesar de termos o bilhete pré-comprado. Isto porque só podem entrar 15 pessoas de cada vez (é visita guiada) e termos chegado pouco depois de uma excursão de peregrinos vindos do México.
Entrámos com audio guia e guia pessoal. Vimos a gruta onde esteve preso S. Pedro. Soubemos que, nessa gruta escura e pequena havia, permanentemente, 25 cm de água no chão. É um local com pouco para ver mas muito para imaginar e deixa-nos um pouco angustiados ao pensar na realidade dos prisioneiros da mesma. Eram todos prisioneiros estrangeiros que, de alguma forma, representavam uma ameaça para o poder de Roma. Era o caso de S. Pedro.
Depois da visita à prisão voltámos à Fontana di Trevi para o tradicional atirar da moeda de forma a que, um dia, possamos voltar àquele mesmo local.

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