quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Dia 13: Sermoneta e Norma

Saímos de Roma com o sentimento "Arriverdeci" e seguimos viagem. Parámos em Tivoli para verificarmos que nada havia para ver, além das Vilas com belos jardins mas onde se paga para entrar. Prosseguimos viagem até uma belíssima terrinha perdida no meio dos montes: Sermoneta. Já passava bastante da hora do almoço quando chegámos a uma pequena pracinha com dois ou três cafés/restaurantes. Perguntámos no primeiro se ainda serviam refeições. O senhor, simpático, disse que tinham acabado de desligar os fogões mas que nos podia arranjar um anti-pasti qualquer. Vieram dois pratos enormes cheios de coisas. Muitas coisas! Queijos, chourições, pão, bolachas, figos, uvas, outras frutas e coisas que não sabemos o que eram. Comemos deliciados acompanhados por um bela garrafa de água. A água italiana é algo que não se pode descrever... Depois do café seguimos para visitar a aldeiazinha. É linda. Parada no tempo em todos os sentidos. Como tem poucos turistas a vida dentro da aldeia segue o seu rumo natural e as pessoas comportam-se com liberdade. Os velhotes sentados à porta de casa em grupos de três ou quatro à conversa. As crianças a brincar com as bicicletas e triciclos com toda a liberdade possível. Perto do castelo, todo ele rodeado de arames com molas da roupa das diversas casas que o usam como estendal, está uma velhinha a fazer renda que nos deixa tirar-lhe fotografias. Depois atende o telemóvel, coisas da modernidade. Por uma rua estreita vem um gatinho, a miar como se não houvesse amanhã, ter connosco e a pedir festas para grande alegria da nossa pequenota. O dono chamou-o, Fausto, e ele lá foi para dentro de casa. Mais abaixo um canteiro cheio de conchinhas com um recado da neta a pedir aos turistas que não roubem as conchinhas que traz à sua avó. Num miradouro avelãs no chão que caíram de uma aveleira e que nós apanhamos e damos à nossa filha, encantada por comer frutos que estavam no chão. Dirigimo-nos para o outro lado da terra onde encontramos a igreja. Lá dentro 4 beatas rezam a Ave Maria, seguindo uma outra que dá o "primeiro mote". Assim passamos a tarde, perdidos num tempo e num espaço que não nos pertence mas nos sabe tão bem.
Seguimos viagem rodeados pelos tons laranja do pôr-do-sol que nos acompanha pela estrada cheia de curvas e contracurvas pela montanha acima, e vamos dormir a Norma no hotel Vila del Cardinale. Um hotel baratucho mas mais finório do que gostamos em termos de ambiente. Sendo norma uma zona onde se faz parapente pensámos que um hotel barato estaria invadido pelos praticantes de tal desporto. Mas Norma tem também termas e, o referido hotel estava invadido pelos "praticantes" desse outro "desporto". Mesmo com o sentimento de estarmos deslocados, era agradável. O nosso quarto, para animar ainda mais, estava localizado perto de um local  onde, no hotel, se realizam audições de piano e nesse dia tinham as referidas audições. De modo que, abrindo a janela, não só víamos o fantástico pôr-do-sol, uma paisagem fantástica (para Sermoneta no alto do monte) como tínhamos como banda sonora piano. Fomos jantar a uma pracinha não muito longe do hotel. Parámos numa café que servia pizza à fatia e comemos, todos, por apenas 7,30 euros... positivo!

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