quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Dia 26: Basílica de Santa Croce, Galleria Degli Uffizi e Galleria Dell'Accademia

Passámos a manhã na Basílica de Santa Croce onde por 5 euros se pode entrar e ver diversas obras e frescos de autores como Donatello ou Giotto, e os túmulos de diversas personalidades, entre elas Galileo, Maquiavel, Rossini ou MichelAngelo. A Basílica é lindíssima, cheia de obras de arte, sendo, parte dessas obras de arte, os diversos túmulos que lá se encontram. Toda a igreja tem túmulos pelo chão. Fez-me um pouco confusão que as pessoas não evitassem pisá-los (o que muitas vezes não era possível pois ocupavam todo o chão) e, pior que isso, não evitassem que os seus filhos arrastassem os pés e saltassem em cima dela. Desde pequena que fui educada a respeitar vivos e mortos porque os mortos um dia estiveram vivos e porque existem descendentes deles e de quem os amou... Sei que muitos daqueles túmulos são bem anteriores ao século XIX e, como tal, talvez nem exista ninguém que guarde a memória, passada de geração em geração, daquela pessoa que ali se encontra, mas isso não invalida o facto de ali estar uma pessoa e essa vida que foi deve ser respeitada... foi assim que me educaram, é assim que tento educar a minha filha.
Na parte do claustro da basílica há diversas portas: uma dá para a Capela Pazzi , outra para o Museu dell'Opera de Santa Croce, onde, além de diversas obras de arte, existem monitores informativos que nos mostram as obras de restauro que estão a ser feitas, ou pensadas, na Basílica. Uma outra porta dá para uma parte inferior que é um tipo de cemitério interior. Na parte exterior do Claustro existem diversos memoriais, um deles a Florence Nightingale que nasceu em Florença (recebendo da cidade o seu nome) e morreu em Londres (onde se encontra enterrada). Por toda a Basílica podem tirar-se fotografias.
Fomos almoçar novamente à "Tavernetta della signoria", comemos uma melancia de copo fabulosa, e seguimos para a Galleria Degli Uffizzi com pré-marcação de bilhetes feita através do hotel. Sem filas lá entrámos no átrio da Galeria passando pelos "controlos de aeroporto" (não se pode levar água para dentro da galeria). Antes de entrarmos na porta definitiva fomos à casa de banho e perdemos os bilhetes. Já desesperados por achar que tínhamos de ir para uma fila (e pagar novamente 30 euros (por dois bilhetes)), o que nos ia impedir de ainda visitar a Galleria Dell'Accademia (onde está o David), fomos chamados pelos seguranças pois um senhor, que falava francês, tinha encontrado os nossos bilhetes e os tinha ido entregar... Uma sorte, portanto.
A Galeria Uffizi é enorme. Tem imensas obras de arte, entre elas a ilustre "O Nascimento de Vénus" de Sandro Botticelli. Nas Uffizi não se podem tirar fotos ou vídeos. Acabámos por ter de apressar um pouco a visita para termos tempo de ir à Galleria Dell'Accademia ver o David. A ida à Galleria Dell'Academia, e o pagar de 10 euros, é mesmo só para ver o David original, à porta do Palazzo Vecchio está uma cópia bastante boa, dado que as restantes obras lá expostas têm pouco interesse (pelo menos para nós). O David é estrondoso. Gigantesco e absolutamente perfeito. O facto de ter sido levado para o interior de uma galeria (era ele que estava originalmente à porta do Palazzo Vecchio mas isso estava a estragá-lo) preserva-o. Soube que o mesmo foi encomendado a vários autores antes de MichelAngelo, mas todos recusaram fazê-lo. Assim o bloco de mármore com o qual foi feito ficou abandonado no Claustro do Duomo de Florença por 25 anos, altura em que Michelangelo aceitou pegar nele e fazer a obra... o David deveria ter sido ainda maior, mas o facto do bloco de mármore ter estado ao abandono danificou-o. Também aqui não era possível a captação de imagens.
Depois de vermos o David fomos comer um novo gelado à mesma gelataria maravilhosa, passear pela bela "Firenze", ver o por do sol e jantar, pela última vez, no "Il David".
Por-do-Sol em Florença

Sem comentários:

Enviar um comentário