sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Dia 35: De Vitória a Guimarães

Da janela do nosso quarto em Vitoria
Saímos de Vitória-Gasteiz com destino a Guimarães. Mais um dia de engrenagem de regresso sem grandes tempos para seja o que for. Chegámos à fronteira por volta das 18 horas, tendo metido gasolina antes, em Espanha, que continua com uma diferença brutal para o resto dos países (e ao contrário do que se diz tanto França como, especialmente, Itália, têm a gasolina mais cara que Portugal). Tomámos o belo do café numa estação de serviço transmontana onde as meninas também não primavam pela simpatia e, cerca de uma hora depois, estávamos em Guimarães. Ficámos hospedados, uma vez mais, no Hotel Fundador, onde já tínhamos ficado o ano passado e foi uma boa experiência (voltou a ser). E jantámos, muito bem, a bela da cozinha portuguesa, num simpático restaurantezinho perto do hotel, o Bar Cheers, com umas empregadas minhotas extremamente simpáticas e prestáveis. Recomendamos tanto o hotel como o restaurante.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Dias 33 e 34: Pela estrada fora de regresso a Portugal

Em engrenagem de regresso, no dia 31 de Agosto, saímos de Piacenza para ir dormir ao hotel onde já tínhamos estado um mês antes em Carcassone. Foi um dia muito comprido e não nos deu tempo para visitar fosse o que fosse. Deu-nos, no entanto, tempo para ficarmos completamente angustiados com a diferença de tratamento dos franceses em relação aos italianos. Não há um "facilitar" seja do que for. Em tudo parece que querem complicar a vida aos estrangeiros ou a quem tenha alguma dificuldade, por pequena que seja, com a sua língua, como se o francês fosse a língua universal que todos devem ter a obrigação de saber... enfim... fora um ou outro rapazito que atende no mcdonalds, não existe um pedaço de simpatia... é frustrante, em especial depois de sair de Itália. Torna-se até sufocante e deixa-nos mal dispostos e sem vontadinha nenhuma de fazer férias à séria no país de quem nos recebe tão mal. (que me perdoem os franceses, em especial os meus amigos, que me lerem e entenderem, mas foi o que senti...)

No dia 1 de Setembro entrámos em Espanha e voltámos a conseguir "respirar". Volta a simpatia, o receber de braços abertos, o espírito latino. Ainda que não tão acentuado como o dos Italianos, os Espanhóis são também bastante simpáticos e facilitam em qualquer pequena (ou grande) dificuldade que surja. Ficámos novamente no mesmo hotel que tínhamos ficado na vinda e, também neste dia não tivemos muito tempo para visitar fosse o que fosse.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Dia 32: Mantua, Sabionetta e Castell'Arquato

De manhã parámos em Mantua que já é uma cidade. Lá dentro é agradável. Tem uma grande praça e muitos restaurantes. Por ser uma terra de estudantes tem mais restaurantes que turistas de modo que os empregados se tornam um tanto chatos a tentar atrair a clientela. Acabámos por almoçar no único restaurante onde não nos chatearam, mesmo ao lado do mcdonalds.
Passámos depois por Sabbioneta. Uma terrinha pequenita e bonita, apesar de ter pouco para ver. Se tivéssemos mais tempo poderíamos ter visitado a sinagoga, mas não deu para isso.
Seguimos então para Castell'Arquato, uma bonita terrinha medieval que dá a ilusão de ser muito mais alta do que na verdade é. Começámos a subir e, olhando para cima, vi um senhor de idade a regar as flores que tinha nas janelas (em Itália existe o agradável hábito de ter flores em todas as janelas, tornando as terras ainda mais bonitas), o senhor olhou para mim, deu-me um grande sorriso e disse "bonna sera!". Sendo as últimas horas de Itália, e já com saudades desta forma genuína e simpática de receber, fiquei encantada com a simpatia. Pensámos que nos ia custar subir até ao Castelo e, afinal, mal demos por isso já lá estávamos. No cimo da terra há um pequeno jardim ao qual deram o nome em homenagem a João Paulo II. Ficámos lá sentados durante um tempo, a ver a paisagem, as flores, os pombos e corvos que voavam, até aparecer uma velhinha que, pelo olhar triste que nos deu, nos pareceu teria o hábito de sentar-se todos os finais de tarde no banco que ocupávamos. Então, antes que ela chegasse a outro banquinho, saímos dali e verificámos que era mesmo para lá que ela ia. Descemos e seguimos viagem até ao nosso hotel, Stadio-Hotel, em Piacenza.

Praça de Mantua

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Dia 31: Gardaland

O Gardaland não pode faltar nas férias de Itália para quem, como nós, tem crianças. É a felicidade infantil. Um dia passado no maior parque de diversões de Itália. Foi, tal como há dois anos, um dia muito divertido e saímos de lá já com noite cerrada. Chegámos ao hotel depois da meia noite para dormir na cama desconfortável.

domingo, 28 de agosto de 2011

Dia 30: Sirmione entre esculturas e cisnes

Partimos de Veneza já com saudades. Apanhámos o barco quase directo ao nosso parque de estacionamento e seguimos viagem até Sirmione, no escroto do Lago Garda (vejam a imagem do Lago para perceber).
Em Sirmione fizemos a "passeggiata romantica", à beira lago a ver os cisnes. Apanhámos com crianças estúpidas que atiravam pedras ao cisnes (e pais ainda mais estúpidos que nada faziam). Vimos uma cena inacreditável de um casal do que nos pareceram ser americanos e seus 3 filhos que, tendo um lago enorme com águas limpas (onde andam peixes e cisnes), com zonas privilegiadas de praia, foram tomar banho para um local onde saía directamente o esgoto (local onde um tubo gigantesco, bem visível, estava roto). Toda a gente ficava a olhar para eles com ar de "What the F*ck!?" e eles olhavam para nós com ar de "porque raio está tudo a olhar para mim?"... a única explicação que tenho é o facto daquela ser uma terra com termas e eles terem achado que aquela água mais quente era termal... não tenho explicação para terem ignorado o cheiro.
Fomos até à ponta da terrinha ver a vista. Voltámos para trás e passámos pelo Jardim Maria Callas. O nome do jardim deve-se ao facto da casa de férias de Maria Callas estar logo ali ao lado. Uma casa grande e bonite que se encontra actualmente à venda (interessados? fiquei com uma foto do anúncio ;)).
Seguindo o som da música fomos jantar a uma pracinha onde uma banda tocava ao vivo (parou pouco depois de sentarmos, o que foi uma pena), e comemos uma belíssima pizza. Sirmione, por já estar preto da fronteira com a Áustria e a Suíça acaba por ter lá mais gente a falar alemão do que italiano e o ambiente perde aquele calor latino. Apesar disso os empregados continuam muito simpáticos e brincalhões.
Ficámos hospedados no hotel Villa Pagoda que NÃO recomendamos a ninguém. Foi o único hotel das férias que não gostámos. As camas eram muito desconfortáveis, não tinham nem ar condicionado nem ventoínha, o duche era horrível... enfim, não tinha nada a seu favor além da localização e do estacionamento (que também tinha muito poucos lugares e acabámos por deixar o carro do lado de fora do portão).

Cisnes em Sirmione

sábado, 27 de agosto de 2011

Dia 29: Pelos encantos de Veneza

De manhã fomos até à piazza de S. Marco. Fomos para a fila de visita à Basílica que estava com água à volta e por isso tínhamos de passar por cima de tábuas para poder entrar. A basílica é lindíssima e encontra-se em perigo de ruir (não já, mas no futuro). Está constantemente a precisar de obras de restauro já que se encontra construída em terreno instável. Caso não encontrem solução o seu futuro é afundar...
Este ano subimos à basílica para ver o terraço onde estão os famosos cavalos. Os Cavalos originais não são os que estão expostos na fachada, esses estão dentro do museu da basílica protegidos da poluição. Os cavalos da fachada são réplicas, bastante fiéis.
Fomos almoçar a um restaurantezinho perto da Piazza de S. Marco o Ristorante Piccolo Martini, onde se come muito bem e se é muito bem atendido.
Passámos a tarde a saborear Veneza, vimos, inclusivamente uma perseguição policial a uns vendedores de rua. A nossa filha deu Hi5's a gondoleiros e divertiu-se muito. Ao final da tarde, já cansados, decidimos fazer o nosso passeio de Gondola. Como era o final da tarde o preço encarece (foram 100 euros, há dois anos pagámos 80 euros). Fomos a um cais de gôndolas para ver se aparecia alguma. Saiu um gondoleiro com cara de poucos amigos. Não vendo mais nenhum, ao fim de um tempo fomos falar com ele para sasber quanto era o "giro" e como era (já sabíamos mas gostamos de falar com eles antes para avaliar a simpatia). Era antipático. Dissemos que não e fomos procurar outro. Num outro cais ficámos parados a observar os gondoleiros antes de ir falar com eles. Estavam dois divertidos um com o outro. Um saiu e ficou um mais velho que brincava com os que passavam e até deixou umas crianças entrarem na gôndola só para tirarem fotos. Achámos que era simpático e fomos falar com ele. Percebemos que era como o mestre do que tinha saído e era o outro que nos ía levar. Também ele muito simpático. Foi uma boa volta de gôndola. O gondoleiro cantou, foi dizendo algumas coisas da história de Veneza. Mesmo não sendo tão falador, nem tendo tido uma viagem tão calma como há dois anos (este ano havia mais movimento nos canais), foi muito bom.
Saíndo da gôndola andámos um pouco até um restaurante perto do nosso hotel. Comemos muito bem na última refeição em Veneza.


sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Dia 28: Ferrara, Veneza e Burano... Tantas cores

Dormimos em Bolonha no agradável, e bem em conta, hotel Imperial. De manhã fomos para Ferrara que se auto-denomina "Cittá delle Biciclette". Já lá tínhamos ido há dois anos mas, como nos perdemos umas duas horas na procura do carro, ficámos com uma sensação amarga relativamente à terra. Voltámos lá para a rever com os olhos de quem não se perde. É uma terra simples e o que mais fascina é, de facto, a quantidade de bicicletas que circulam e a forma como as utilizam: Senhoras de salto alto, velhinhas que mal conseguem andar mas pedalam como profissionais. Eles usam a bicicleta para passear com os filhos ou para ir às compras. É fantástico. Há dois anos não entrámos no Duomo, já não me lembro porquê, apenas a vimos olhando de fora para dentro e considerámo-la grandiosa e linda. Este ano entrámos e verificámos que é, de facto, grandiosa e linda. Almoçámos no mcdonalds (para corrigir o erro de há dois ano)e fomos ver o exterior do castelo, onde vimos Carpas gigantescas.
Seguimos para a apaixonante e totalmente única Veneza. Desta vez fomos de carro até lá. Deixámos o carro num parque de estacionamento interior logo após passarmos a ponte, apanhámos o comboio e seguimos, por cerca de 1 km até ao nosso hotel. Descobrimos mais tarde que perto do hotel existe um barco que liga quase directamente ao parque de estacionamento.
O nosso hotel era o Bed&Breakfast Aqua Venice. Muito simpático e acolhedor. Recomendo.
Depois de largarmos as malas fomos passear um pouco pelas ruas de Veneza. Ao final da tarde decidimos apanhar um barco e viajar até à ilha de Burano que foi uma completa e agradável surpresa. A ilha de Burano fica a cerca de meia hora de viagem marítima desde Veneza. É uma pequena ilhota que também possui alguns canais e com a característica única de ter as casas todas de cores diferentes e, maioritariamente, berrantes. Torna-se encantadora. A torre da igreja de Burano está, também ela, inclinada. Começa a ser algo muito habitual por Itália. O Por-do-sol foi fantástico, muito cor-de-laranja. Parece uma terrinha de fantasia. Gostámos tanto que ficámos por lá a apreciar e a tirar fotos e acabámos por jantar lá.
Voltámos a Veneza fazendo a viagem de barco à noite. Passando pela ilha dos mortos, Isola de San Michele, (o cemitério de Veneza que fica numa ilha criada especialmente para o efeito e há noite é assombrador passar por lá). Percorremos as ruas de Veneza à noite, que se torna ainda mais encantadora pois a maioria dos turista deixa de estar lá, e fomos dormir ao nosso B&B.

A multicolor Burano

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Dia 27: San Miniato al Monte, Bolonha

O Duomo visto do Cemitério de San Miniato al Monte
Despedindo-nos do nosso belo hotel carregámos as malas os tais 800 metros até à garagem do nosso carrito e fomos para a despedida final de Florença em San Miniato al Monte. San Miniato al Monte é uma antiga igreja com cemitério e jardins. Tem um largo de estacionamento com miradouro para Florença. De lá temos a melhor vista de Florença. Tomámos café, tirámos fotos, comprámos t-shirts numa das bancas (esta de um brasileiro) e partimos em viagem até Bolonha.
Bolonha é uma cidade muito bonita. Tem uma praça central com uma igreja (que estava em obras), fonte, monumento aos que morreram nos campos de concentração nazi. Tem duas torres inclinadas, cada uma para seu lado. Infelizmente notam-se problemas com imigrantes (ilegais?) e a terra começa a ter mau ambiente e a ficar ligeiramente mais suja que o habitual em Itália.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Dia 26: Basílica de Santa Croce, Galleria Degli Uffizi e Galleria Dell'Accademia

Passámos a manhã na Basílica de Santa Croce onde por 5 euros se pode entrar e ver diversas obras e frescos de autores como Donatello ou Giotto, e os túmulos de diversas personalidades, entre elas Galileo, Maquiavel, Rossini ou MichelAngelo. A Basílica é lindíssima, cheia de obras de arte, sendo, parte dessas obras de arte, os diversos túmulos que lá se encontram. Toda a igreja tem túmulos pelo chão. Fez-me um pouco confusão que as pessoas não evitassem pisá-los (o que muitas vezes não era possível pois ocupavam todo o chão) e, pior que isso, não evitassem que os seus filhos arrastassem os pés e saltassem em cima dela. Desde pequena que fui educada a respeitar vivos e mortos porque os mortos um dia estiveram vivos e porque existem descendentes deles e de quem os amou... Sei que muitos daqueles túmulos são bem anteriores ao século XIX e, como tal, talvez nem exista ninguém que guarde a memória, passada de geração em geração, daquela pessoa que ali se encontra, mas isso não invalida o facto de ali estar uma pessoa e essa vida que foi deve ser respeitada... foi assim que me educaram, é assim que tento educar a minha filha.
Na parte do claustro da basílica há diversas portas: uma dá para a Capela Pazzi , outra para o Museu dell'Opera de Santa Croce, onde, além de diversas obras de arte, existem monitores informativos que nos mostram as obras de restauro que estão a ser feitas, ou pensadas, na Basílica. Uma outra porta dá para uma parte inferior que é um tipo de cemitério interior. Na parte exterior do Claustro existem diversos memoriais, um deles a Florence Nightingale que nasceu em Florença (recebendo da cidade o seu nome) e morreu em Londres (onde se encontra enterrada). Por toda a Basílica podem tirar-se fotografias.
Fomos almoçar novamente à "Tavernetta della signoria", comemos uma melancia de copo fabulosa, e seguimos para a Galleria Degli Uffizzi com pré-marcação de bilhetes feita através do hotel. Sem filas lá entrámos no átrio da Galeria passando pelos "controlos de aeroporto" (não se pode levar água para dentro da galeria). Antes de entrarmos na porta definitiva fomos à casa de banho e perdemos os bilhetes. Já desesperados por achar que tínhamos de ir para uma fila (e pagar novamente 30 euros (por dois bilhetes)), o que nos ia impedir de ainda visitar a Galleria Dell'Accademia (onde está o David), fomos chamados pelos seguranças pois um senhor, que falava francês, tinha encontrado os nossos bilhetes e os tinha ido entregar... Uma sorte, portanto.
A Galeria Uffizi é enorme. Tem imensas obras de arte, entre elas a ilustre "O Nascimento de Vénus" de Sandro Botticelli. Nas Uffizi não se podem tirar fotos ou vídeos. Acabámos por ter de apressar um pouco a visita para termos tempo de ir à Galleria Dell'Accademia ver o David. A ida à Galleria Dell'Academia, e o pagar de 10 euros, é mesmo só para ver o David original, à porta do Palazzo Vecchio está uma cópia bastante boa, dado que as restantes obras lá expostas têm pouco interesse (pelo menos para nós). O David é estrondoso. Gigantesco e absolutamente perfeito. O facto de ter sido levado para o interior de uma galeria (era ele que estava originalmente à porta do Palazzo Vecchio mas isso estava a estragá-lo) preserva-o. Soube que o mesmo foi encomendado a vários autores antes de MichelAngelo, mas todos recusaram fazê-lo. Assim o bloco de mármore com o qual foi feito ficou abandonado no Claustro do Duomo de Florença por 25 anos, altura em que Michelangelo aceitou pegar nele e fazer a obra... o David deveria ter sido ainda maior, mas o facto do bloco de mármore ter estado ao abandono danificou-o. Também aqui não era possível a captação de imagens.
Depois de vermos o David fomos comer um novo gelado à mesma gelataria maravilhosa, passear pela bela "Firenze", ver o por do sol e jantar, pela última vez, no "Il David".
Por-do-Sol em Florença

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Dia 25: Jardins de Boboli e passeio por Florença

Fomos de manhã para o Palazzo Pitti para visita aos jardins. A fila para compra de bilhetes não era muito grande e por isso não sentimos necessidade de fazer uma pré-reserva. O Palácio Pitti foi a antiga residência dos Grão-duques da Toscana, os Medici, e os jardins do mesmo foram projectados, para os Medici, após a compra do palácio e a sua abertura ao público deu-se em 1766.
Os jardins são grandiosos e têm uma vista fabulosa para Florença, e o Duomo e também para San Miniato Al Monte. Este ano os Jardins estavam com falta de água e pareciam um tanto desleixados. Apesar disso proporcionam um passeio agradável e bonito.
Depois de sairmos dos Jardins atravessámos a mística ponte Vecchio e fomos almoçar à "Tavernetta della signoria" perto da Piazza della Signoria. É um restaurante com uma decoração típica e agradável, com muita simpatia no atendimento, grande sala de refeição e comida saborosa e mais barato que a nossa eleição do jantar. Passeámos pelas ruas, passámos pelo Duomo, fomos até à Basílica de Santa Maria Novella onde decidimos ir a uma simples gelataria na esquina da Piazza Santa Maria Novella, comprar gelados para comer sentados nos bancos da referida Piazza... São os melhores gelados que já alguma vez comi e em Itália já comi gelados excelentes. Se forem a Florença passem na Piazza de Santa Maria Novella e vão à gelataria que lá existe mesmo na esquina (é a única e fácil de encontrar). É divinal.
Passámos na Piazza della República para a pequenota aproveitar umas voltinhas no Carrossel permanente que lá têm e fomos jantar novamente ao "Il David" onde os empregados nos reconheceram logo e voltámos a ter uma excelente refeição. Passeámos um pouco pela cidade, cruzando-nos com um dos empregados do restaurante que nos cumprimentou como se fossemos velhos amigos, provocando-nos a sensação de pertença e voltámos ao hotel passando ao lado das belas pontes Vecchio e Santa Trinitá.

Ponte Vecchio (e o seu reflexo) à noite


segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Dia 24: Arezzo e Florença... Uma paixão.

Praça Principal de Arezzo
De manhã seguimos para Arezzo onde andámos "perdidos" por alguns minutos tendo encontrado o Duomo, achando a terra bonitinha, mas sem ver nada de especial que lhe desse aquele toque especial da maioria das terras que seleccionámos para visitar, até que fomos parar à praça principal e verificámos que é linda!
Arezzo tem muitas ruas e ruelas, tudo muito antigo e bonito, tem muitas igrejas e acaba por ser interessante mas a praça principal, onde há um grande largo com lojas ao redor, algumas delas entre arcadas, e uma igreja como ponto de destaque, dá-lhe o tal toque especial. Já sendo tarde para almoço tivémos a felicidade de encontrar um restaurante que ainda estava a servir, ali entre as arcadas. Comemos muito bem e não teria sido caro se não tivéssemos tomado café (foi 4 euros cada café e só nos apercebemos quando pagámos). A partir desse dia passámos a ter o cuidado de olhar para o preço do café antes de o pedir no final da refeição.
Prosseguimos viagem com destino a Florença. Com o fechar de olhos da polícia entrámos em ruas só para moradores para poder estacionar o carro numa garagem a 800 metros do nosso hotel que ficava do outro lado do rio. Depois de deixar o "carrolas" bem entregue, fomos carregados aqueles 800 metros. Atravessámos a linda ponte Santa Trinitá, com vista para a fabulosa Ponte Vecchio e poucos metros depois de a atravessarmos chegamos à porta de um hotel, hotel "Antica Torre di via Tornabuoni n° 1" que tinha o mesmo nome que o nosso mas com um aspecto muito luxuoso. Entrámos pensando que exitiria um "nº 2" esse seria o nosso. Fomos recebidos de forma muito simpática pela recepcionista que nos fez o chek in e nos disse que nos acompanharia ao nosso quarto. Levou-nos ao quarto piso e ao quarto nº 404. A vista do quarto era esplendorosa para o duomo, e havia uma segunda janela com vista para a Ponte Santa Trinitá. Ficámos assim siderados num quarto de hotel muito luxuoso, com uma vista fabulosa. O hotel possui ainda um terraço, onde existe o restaurante e um bar, com vista panorâmica para a cidade.
Fomos passear um pouco pelas ruas da cidade e decidimos depois jantar junto ao Palazzo Veccio. Encontrámos um "ristoranti" com o nome "Il David" e decidimos arriscar aí. Era fantástico. Os empregados hiper simpáticos e a comida muito saborosa. Apesar de ser caro acabámos por regressar lá nas restantes noites em que ficámos em Florença, porque compensava o que se pagava.

domingo, 21 de agosto de 2011

dia 23: Festa del Duca em Urbino

Dia só para Urbino. Fomos de manhã para a festa. Comemos massas especialidade da zona (e arrependemo-nos pois devíamos ter continuado apenas na nossa pizzaria), passeámos pelas ruas durante o dia. Vimos o anúncio do início dos festejos para esse dia, no qual se dirigiram a nós como "cidadãos de Urbino". Voltámos a regressar ao passado. Passeámos muito, ouvimos muita música, divertimo-nos. Bebemos cerveja e voltámos à pizzaria ao jantar. No final espreitámos o fogo preso (que tinha entrada paga ou por convite, não chegámos a entender, mas dava para espreitar de fora). E saímos de Urbino já bem de noite, ainda com a música medieval a soar pelas ruas e já com muitas saudades por deixar essa terra completamente mágica. Urbino é lindo, a Festa del Duca é apaixonante. A festa é uma tradição recente, começou apenas em 1982 durante os festejos do centenário da morte do Duque Federico Montefeltro e todos os anos é revivido um acontecimento diferente do ducado dos Montefeltro.
Não conhecemos Urbino sem ser na Festa del Duca, mas pelo aspecto da terra vemos que, sem festa, é muito bonita, ao estilo Voltera, ou San Gimignano, ou tantas outras que existem em Itália e são preservadas com muito amor e de forma fantástica e ainda bem... quem me dera que todos os povos amassem as suas origens, as suas coisas, da forma como nos parece os Italianos fazem. Tudo é mantido. As casas não são velhas, são antigas e amadas. São mantidas e o carácter das terras, e do povo, mantém-se num mundo cada vez mais uniformizado, num mundo onde, aqueles que querem respeitar o passado vivendo no futuro, são considerados nostálgicos e retrógrados. Os Italianos vivem no futuro mas mantêm e respeitam o passado. Isso nota-se nas pequenas terras, nas grandes cidades. Na forma como tratam os velhos e como sorriem às crianças. Os Italianos vivem o presente sem medo de respeitar o passado e de ter esperança no futuro, e as terras deles, a forma como tratam as suas gerações, são amostra disso mesmo.